O escritor moçambicano Mia Couto, galardoado com o prémio Eduardo Lourenço em 2011, fala à revista Visão (nº1017).
"Sou muito feliz, porque agora regressei: trabalho ali nos lugares onde me extasiava. A infância entra-me pela porta adentro a todo o momento."
"O fascismo criou pobreza a vários níveis, até o da esperança. Mas as coisas geram o seu contrário. Moçambique teve uma festa com a independência, estávamos todos no cais à espera que tudo começasse.
E quando acabou a guerra, estávamos entre os dez países mais pobres do mundo. Mas foi um momento feliz: havia muita gente a escrever, a criar canções... Há qualquer coisa que não pode ser reduzida a essa outra pobreza que sai no jornal."
O seu último romance intitula-se A confissão da leoa e é um relato baseado numa história verídica sobre ataques de leões a aldeões.
Existem, na BE, seis livros de Mia Couto. Consultar o catálogo.
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