
Amália Rodrigues (1920-1999) cantou muitos dos nossos poetas. Dez anos após o seu desaparecimento, deixamos aqui a nossa homenagem nas palavras do grande poeta Luís de Camões.
Com que voz chorarei meu triste fado,
que em tão dura paixão me sepultou.
Que mor não seja a dor que me deixou
o tempo, de meu bem desenganado.
Mas chorar não estima neste estado
aonde suspirar nunca aproveitou.
Triste quero viver, pois se mudou
em tristeza a alegria do passado.
Assim a vida passo descontente,
ao som nesta prisão do grilhão duro
que lastima ao pé que a sofre e sente.
De tanto mal, a causa é amor puro,
devido a quem de mim tenho ausente,
por quem a vida e bens dele aventuro.
Com que voz chorarei meu triste fado,
que em tão dura paixão me sepultou.
Que mor não seja a dor que me deixou
o tempo, de meu bem desenganado.
Mas chorar não estima neste estado
aonde suspirar nunca aproveitou.
Triste quero viver, pois se mudou
em tristeza a alegria do passado.
Assim a vida passo descontente,
ao som nesta prisão do grilhão duro
que lastima ao pé que a sofre e sente.
De tanto mal, a causa é amor puro,
devido a quem de mim tenho ausente,
por quem a vida e bens dele aventuro.
Para ouvir e saber mais sobre esta fadista que, cantando, espalhou por toda a parte o nome de Portugal, fica a sugestão do livro com CD, Amália - fados, poemas e flores.
1 comentário:
Os jovens também cantam Amália, sinal de que continua viva:
http://www.youtube.com/watch?v=XJ2qO2ayIfo
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