Este encontro, subordinado ao tema "A MEMÓRIA NOS LIVROS: HISTÓRIA E HISTÓRIAS" decorreu ontem e anteontem, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto. Foram dois dias encantadores na descoberta de novidades e na presença de escritores, ilustradores, editores e investigadores de renome, portugueses, galegos e franceses. A abertura e fecho do encontro esteve a cargo de José António Gomes e dele são as palavras que fazem parte do programa (com ilustração de Gémeo Luís):
"Ler ou dar a ler para construir memória…
Porque privar os mais jovens da literatura é negar-lhes a possibilidade de reviver a História por meio da ficção. A ficção enraizada na vida, recriando o que a historiografia não pôde ou não quis contar. A ficção que envolve e interpela o leitor, favorecendo identificações, estimulando uma crítica do presente ancorada na compreensão, "vivida", do tempo que passou. Ler. Ler para (re)viver, construir memória, convertê-la em herança e em pilar de cidadania activa. Esse é um dos desígnios da escrita. E da literatura para a infância e a juventude."
Os presentes assistiram a conferências, apresentações de livros, exposições, entrevista a António Torrado e Agustin Fernandez Paz; participaram em ateliers e assistiram a um espectáculo musical pelo Bando dos Gambozinos que se tratou de um verdadeiro "miminho do Porto", nas palavras de um dos seus pequenos elementos.
A literatura infantil e juvenil da Galiza e de França estiveram presentes, de mão dada com a de Portugal, sendo apresentados os livros que perpetuam a memória do 25 de Abril, da guerra civil espanhola, das primeira e segunda guerras mundiais, do colonialismo nas crianças e jovens.
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